"Dentro do Cristianismo, a meditação tambem está em voga. Tradicionalmente a meditação silenciosa e sem palavras estava fundamentalmente reservada a uma elite de frades e freiras. Mas nos tempos recentes, um grande número de pessoas mostram desejos de uma meditação mais profunda. Uma das formas populares é a famosa Oração De Jesus, nascida na Igreja primitiva grega e vinculada posteriormente ao movimento hesicasta.
Tambem dentro do Cristianismo presenciamos a chegada do Zen Cristão. Se é certo que o Cristianismo ainda está a experimentar esta forma de meditação, não é menos certo que a sua introdução é um facto. Não há muito tempo, um maestro Zen japonês, residente nos Estados Unidos, vestiu o hábito cisterciense e dirigiu um retiro ou sesshin para monjes cristãos, dando-lhes como Koan(1) este problema paradoxo: " Que sentido tem para ti fazer o sinal da cruz?". Isto era interessante pois confimava a convicção de que o crucifixo é o grande Koan Cristão. Seja como seja, o certo é que nos próximos dez anos veremos desenvolver-se dentro do Cristianismo certa forma de Zen, que o enriquecerá com uma nova e bela dimensão.
Procura-se outro tipo de consciência mais profunda, mais unificada, intuitiva ou mística. Dá ideia que as pessoas sentem-se menos atraídas pela oração vocal. Agora as pessoas buscam o silêncio, a profundidade, a interioridade, o que tradicionalmente chamamos contemplação."
Autor : Marco Antonio de la Rosa Ruiz Esparza
1. O koan é um pequeno enigma Zen, à partida contraditório ou paradoxal, de solução aparentemente irresolúvel numa análise lógica.
O objectivo de um koan é apreender a nossa verdade interior e para cada pessoa a solução do koan é única, pois ela deriva da intuição e do estado de consciência com que o encaramos.
É necessário envolvimento e concentração, conseguir aliar o coração à mente e silenciosamente encontrar a resposta.
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